Jason Buechel, CEO da rede de supermercados que prioriza produtos orgânicos, planeja abrir mais lojas físicas em novas praças
Por: Isabella Lessa
Há poucos dias, o Whole Foods, rede de surpermercados famosa por comercializar produtos orgânicos e de origem verificada, abriu uma nova loja em Nova York.
O 17º endereço da companhia fica em um endereço que pouco remete ao frescor de produtos de produtores locais: Wall Street. O estabelecimento está localizado em um prédio art-déco da década de 1920 e a empresa resolveu preservar muitas das características originais.
Dentro da arquitetura vintage, o público poderá ter contato com especialistas em queijos, peixeiros, acompanhar o preparo de pratos e consumir cafés, pães, massas, pizzas e sushi.
O objetivo do investimento pode ser resumido em uma palavra: experiência – termo onipresente na fala de CEOs e executivos nesta edição da NRF. No caso do Whole Foods, as oportunidades de crescimento por meio das lojas físicas são evidentes, tanto que o plano da companhia é abrir até quatro lojas por ano, inclusive em praças nas quais ainda não atua. A cidade de Montana, por exemplo, ganhará uma unidade na semana que vem, que terá um conceito de experiências ao ar livre, pois está localizada próxima a montanhas.
“Queremos oferecer o que há de melhor, só que mais rápido. Nesse cenário desafiador ainda há opções – para nós, isso significa ter mais ofertas mesmo com a crise, pois é sobre preço, mas também sobre o valor que o produto entrega. As pessoas têm que se sentir bem com aquilo que compram”, afirmou Buechel.
Relações sustentáveis
Além de a sustentabilidade pautar os produtos de suas gôndolas, o Whole Foods tem focado em estabelecer relações saudáveis com sua cadeia de fornecedores ao longo dos anos, explicou o CEO, o que ajudou a manter a empresa bem-posicionada em meio à crise.
Parte da aposta sustentável da companhia também passa por programas de treinamento, como é o exemplo do Local and Emerging Accelerator Program (Leap), que promove o crescimento de negócios por meio de apoio financeiro e mentorias.
Para Buechel, todos esses esforços remetem ao ponto mais importante: o consumidor. “Nosso público se importa e fazemos a lição de casa. Temos padrões estabelecidos e sabemos que o consumidor valoriza a sustentabilidade independentemente do estado da economia”, disse.
Fonte: Meio e Mensagem