O consumo de mel faz parte da nossa vida desde a infância e não dá para negar que até na gastronomia ele ganha destaque e atrai muitos paladares. Mas, como saber se o mel que estamos consumindo realmente é puro e orgânico?
Charles Minoru Fudaba, gerente de produtos da Korin Alimentos comenta que, desde a embalagem, já é possível saber a procedência exata do alimento. “Além do nome do produto, a embalagem deve conter de forma clara o registro nos órgãos competentes, símbolo do órgão que registrou o produto, lote e validade”, alerta.
Segundo a cartilha Mel & Produtos da Colmeia, elaborada pela Secretaria de Agricultura de Minas Gerais, para o mel ser orgânico ele deve ser produzido respeitando as regras que o qualificam como produto natural, sem produtos químicos, seguindo a Normativa nº 007, de 15/05/1999. “Precisamos sempre enfatizar que o grande motivo de produzirmos mel orgânico é que não utilizamos agrotóxicos, pois tais substâncias estão provocando o desaparecimento gradual das abelhas. Sem abelhas teremos impactos negativos incalculáveis na agricultura e no planeta”, explica Charles.
Além disso, a produção orgânica não pode conter resíduos antibióticos, pesticidas e/ou poluentes ambientais e os apiários devem ser, pelo menos, 2 quilômetros de distância de qualquer agente microbiológico que pode contaminá-los e longe de áreas de cultivo em que plantações são pulverizadas com agrotóxicos, pois contaminando as plantas, pode ocorrer a contaminação da fonte de produção do mel.
Dados da cartilha também chamam atenção para a produção brasileira, informando que ela conta com a vantagem de ter a maior parte do mel produzida por abelhas africanizadas, que são mais resistentes a vários tipos de doenças, evitando o tratamento das espécies com antibióticos.
“ Outro ponto importante de fácil identificação é a sua cristalização. “A cristalização está diretamente relacionada à pureza do mel.”
O Mel Korin, por exemplo, apresenta sinais de cristalização e fazemos um blend de floradas, porque se uma florada tem muita umidade pode haver o aumento de sacarose e frutose e isso faz com que ele cristalize com mais facilidade”, pontua o gerente de produtos da Korin, que ainda deixa uma dica importante para não prejudicar a qualidade do alimento na hora do consumo do mel cristalizado. “Aqueça um pouco de água e depois, com o fogo apagado, insira o mel em banho-maria, na temperatura inferior a 45ºC e deixe até perceber que ele já está com a consistência líquida”.
Fonte: Organicsnet